15 abril 2010

Pensamentos solitários

Amanhã faz um mês que você partiu, pra ser sincero nos primeiros dias nem senti sua falta, a raiva que me preenchia era maior que qualquer outro sentimento, estava cego, e não conseguia pensar em nada além de como esquecer os fatos que ocorreram.

Você ainda estava presente de certa forma, nas músicas, na forma como meu corpo se movimentava ao som daquelas canções, seu perfume resolveu permanecer nas minhas roupas, as fotografias jogadas sobre a mesa, em tudo eu podia ver você.

Os dias foram passando e eu me perguntava até quando isso iria durar, as notícias se perdiam pelo caminho, as lembranças aos poucos eram deixadas de lado, as tardes quentes não eram mais as mesmas, o telefone não tocava mais, a casa se tornou um imenso corredor, vazio, sem vida, oco.

Por acaso seria isso saudades? Não me importo. Apenas queria desabafar, meu quarto continua escuro, caso volte, por favor, acenda as luzes, me faça sorrir outra vez. Se é que existe importância nisso. O tempo passou e eu preciso abrir as janelas, sentir o vento bater novamente no meu rosto. Viver.

2 comentários:

Luiza Vieira disse...

Como pode a vida de todo ser humano dotado de amor, de ânsias, de desejos ser tão semelhante? Não importa a época, não importa o sexo, nem a opção sexual, é incrível como sempre caímos no clichê desse amor assim. Desse vazio existencial tão passageiro, tão efêmero, tão cruel, tão repetitivo e recorrente.
Mas doqual a gente não sabe, ou não quer, fugir!!!
Antes sentir esse vazio do que não percebê-lo!

Luiza Vieira disse...

Baby, o link para o meu blog ali do ladinho direito está errado ;)