De frente pro espelho...

Não há nada mais aconchegante que ouvir o barulho que a chuva faz ao bater no telhado, já passa das três da manhã, tudo já chegou menos o sono. Meus pensamentos se perdem por lugares conhecidos, e alguns deles criados pela minha mente. Mesmo deitado viajo para bem longe, imaginando o que eu estaria fazendo se estivesse em outro lugar, na companhia de algo que não fosse meu travesseiro.
O silêncio é absoluto, todos dormem, porém, os meus “porquês” me impedem de fazê-lo, são tantas as perguntas, tantos devaneios, e tudo que eu queria era algo que me deixasse em paz comigo mesmo. Gostaria de dar mais ouvido as coisas boas que falam ao meu respeito, queria mesmo poder acreditar, mas algo em mim não deixa, é como se tudo aquilo fosse uma maneira de fazer com que eu me sinta bem, mesmo não sento totalmente a verdade.

Sinto-me num beco sem saídas, preso a meus complexos, aos meus erros, e a passos bem longos dos acertos, é como se o mundo girasse numa órbita e eu em outra. A dúvida e o medo me impedem de dar o próximo passo, e eu fico aqui vendo a vida passar, e o pior: sem ter arriscado, sem ter vivido com a intensidade que deveria. Uma bela capa nem sempre guarda uma boa história, um sorriso nem sempre é reflexo do que se sente por dentro.
Toda essa rotina está me consumindo lentamente, já não em reconheço mais em frente ao espelho, já não sou mais o mesmo, e não tenho a certeza se gostaria de continuar assim pra todo o sempre. Drama? Não sei. Exagero? Talvez! Mas é assim que me sinto por dentro. Prazer esse é Thauan Alves Sirqueira.